"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

quinta-feira, 31 de julho de 2014

censura na I républica


A Primeira República

Com a implantação da República, rapidamente se cria uma nova lei de imprensa que, segundo o seu artigo 13, pretende restituir a liberdade de expressão, não impedindo críticas à acção governativa, nem a quaisquer doutrinas políticas e religiosas (28 de Outubro de 1910). Mas, perante a dificuldade de implementação do novo regime, o governo republicano impõe também,  a 9 de Julho de 1912, um conjunto de medidas e situações que justificavam a apreensão de publicações pelas autoridades judiciais, administrativas e policiais, após o julgamento dos casos. Proibiam-se, assim, escritos de índole pornográfica, ou que ultrajassem as instituições republicanas e a segurança do Estado. Dezenas de jornais não-republicanos, especialmente monárquicos e católicos, mas também sindicalistas e anarquistas foram encerrados e os seus proprietários presos e deportados.
 

Com a Primeira Guerra Mundial, é instaurada a censura a 12 de Março de 1916, na sequência da declaração de Guerra por parte da Alemanha. Foi dada a ordem de apreensão de todos os documentos cuja publicação pudesse prejudicar a defesa nacional ou que fosse constituída por propaganda contra a guerra. A Censura prévia, agora a cargo do Ministério da Guerra, foi sempre vista como uma excepção temporária, até porque era assumidamente anticonstitucional. O golpe militar de estado de Sidónio Pais será, em parte, justificado também graças à impopularidade da censura prévia, agora bem patente nos jornais, onde figuram manchas em branco no lugar do texto censurado, para que o povo saiba onde incidiu a censura. Contudo, Sidónio também terá de recorrer à censura prévia, somada a outros actos repressivos do governo, até que chegue o final da Guerra.

FONTE


outra prova:
FONTE













esta é dedicada a todos os idiotas úteis idealistas democratas que acreditam em democracia ou que esta tenha alguma coisa a ver com "liberdade" e ainda pensam ou julgam que foi o Estado Novo que instituiu a censura.
já o PNR pelo menos num dos seus comunicados sobre o 25-A tinha feito alusão a esta censura democrática da I républica falhada, instável e corrupta.
parece que já estou a ver os idealistas abstractos indignados: "epá, mas isso não era uma democracia a sério!". então resta saber se a democracia que os "abstractivos" preconizam, algum dia existiu ou existirá de todo. ou então se não passa de um bonito castelo no ar.
não há, nunca houve nenhuma relação entre democracia parlamentar e liberdade, essa associação foi feita pela propaganda incessante dos políticos do sistema no séc.XX, como já alguns autores disseram.
alguns mais ingénuos porventura acharão que "mas isso era nessa altura, agora já não há mais censura". pobres coitados...mal sabem eles que agora há é mais censura do que na I républica e no Estado Novo.  só que não é assumida nem às claras como antigamente, nem é preciso "lápis azul". tudo é controlado e centralizado a um nível mais alto e os métodos são muito mais sofisticados.

a democracia é uma ditadura e uma forma de controlo mental como outra qualquer, e muito pior do que vários regimes não-democráticos. o próprio facto de haver pessoas a acreditarem piamente que democracia tem a ver com liberdade e de isso ser repetido tanto por pessoas do sistema como por outras que dizem estar fora dele, já é um sintoma desse controlo mental.
o próprio nome que o regime leva (democracia) já encerra uma carga de lavagem cerebral, como se estivessem a dizer que TUDO é permitido desde que o regime leve o nome de "democracia".
o regícidio, a auto-imposição divina (ups, lá se vai o argumento da legitimidade, critério de selecção ou "elitismo"), a censura prévia, as prisões arbitrárias e políticas, a corrupção grotesca, a instabilidade alucinante (governos que nem 1 ano duravam), a miséria e fome, a dívida a galopar, tudo se desculpa e tudo se perdoa, desde que seja uma democracia.

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