sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
ídolo Mandibula foi treinado pela mossad
Carta de agente da Mossad diz que Israel treinou Mandela
Um jornal israelita divulgou uma carta de 1962 que diz que Mandela foi treinado pelos serviços secretos israelitas. Fundação Nelson Mandela desmente informação.
O jornal israelita "Ha'aretz" divulgou hoje uma carta de um agente da Mossad [serviços secretos israelitas] para o Ministério das Relações Exteriores, sobre Nelson Mandela.
A ser verdadeiro o teor dessa carta escrita há 51 anos, no dia 11 de outubro de 1962, Nelson Mandela terá sido "involuntariamente" treinado pelos serviços secretos israelitas, na Etiópia, no manuseamento de armas e técnicas de sabotagem.
A carta agora divulgada fala "The Black Pimpernel", pseudónimo de Nelson Mandela, e refere que o líder histórico sul-africano antiapartheid recebeu formação militar na Etiópia por agentes da secreta israelita.
A Fundação Nelson Mandela já desmentiu o teor da carta. Num comunicado, esclarece que não foi localizada "qualquer prova" documental no arquivo pessoal de Nelson Mandela que o relacione com o treino dados pelos serviços secretos israelitas na Etiópia.
A versão que o jornal israelita relata
O jornal "Ha'aretz" escreve que este treino foi classificado pelas autoridades de Israel de ultrassecreto. Em 1962, Mandela saiu da África do Sul para escapar à prisão e visitou vários países, nomeadamente a Etiópia, Egito, Argélia e Gana, onde pretendia angariar apoio para o Congresso Nacional Africano (ANC).
A carta escrita pelo oficial do Mossad refere uma conversa sobre "um estagiário na Etiópia chamado David Mobasari, da Rodésia", nome alegadamente usado na altura por Nelson Mandela.
"O referido foi treinado pelos etíopes em judo, sabotagem e armas", diz a carta sobre The Black Pimpernel.
Segundo o "Ha´aretz", o termo "etíopes" foi, provavelmente, um nome de código para agentes israelitas da Mossad que trabalhavam na Etiópia.
"Ele cumprimentou os nossos homens com (saudação hebraica) ´Shalom`", porque "estava familiarizado com os problemas de (diáspora judaica) e Israel, e criou a impressão de um homem educado", lê-se na carta, assinalando que "os etíopes tentaram fazer dele um sionista".
"Agora surge a partir de fotografias em jornais histórias sobre a prisão do The Black Pimpernel, na África do Sul, que o estagiário da Rodésia estava a usar um pseudónimo e, afinal, os dois são realmente a mesma pessoa", refere a carta citada pelo jornal.
Segundo a carta, Mandela interessou-se nos métodos da Haganá e milícias judaicas que existiam antes da criação de Israel em 1948. Israel foi um poderoso aliado da política segregacionista da África do Sul, quando o Governo de Pretória foi confrontado com sanções da ONU no final de 1970.
FONTE
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