Imigração: Igreja Católica pede ao Governo para não recuar no Plano de Integração
A Igreja Católica pediu hoje ao Governo para não recuar no II Plano de Integração de Imigrantes e reclamou uma “atenção permanente” aos problemas dos estrangeiros que vivem em Portugal.
“Importa não recuar na aposta interministerial do Plano de Integração de Imigrantes em curso, na atenção permanente a novos problemas entre a população imigrante, como idosos indocumentados e abandonados e a promoção da diversidade e da interculturalidade”, lê-se nas conclusões do XI Encontro de Formação de Agentes Sócio Pastorais das Migrações, que hoje terminou em Fátima.
O documento, que considera “exemplar” para outros países da União Europeia a política nacional de acolhimento e integração de imigrantes, sublinha, contudo, que a chegada das primeiras vagas de imigrantes a Portugal “nem sempre encontrou projectos de acolhimento e integração estáveis e adequados às suas características”.
O texto final do encontro, que discutiu “a primeira década de uma nova era nas migrações”, alerta ainda que “os imigrantes também são vítimas da crise económica e social”, que os coloca “em situação de maior vulnerabilidade” e expostos “a tensões sociais nos países de acolhimento pela crescente procura de todos os postos de trabalho”.
Prometendo dar “particular atenção aos imigrantes destituídos de direitos” e procurar “garantir protecção social para todos, sobretudo os que, por causa da perda do emprego, vêem a sua situação de regularidade ameaçada”, os participantes comprometem-se ainda a promover a interculturalidade, cumprindo o desafio “primeiro” do acolhimento: “Conhecer o outro sem generalizar conceitos ou preconceitos”.
O documento adverte igualmente que “os fluxos migratórios não são suficientes para resolver o problema português do rejuvenescimento da população e das lacunas no mercado de trabalho”.
Embora reconhecendo que os imigrantes assumem “um importante papel de ajustamento demográfico”, as conclusões deste encontro sublinham que o equilíbrio demográfico deve resultar de “políticas públicas e privadas de protecção à família e incentivo à natalidade, a acontecer num quadro de transformação de valores colectivos e comportamentos pessoais”.
O encontro, que reuniu cerca de uma centena de pessoas, foi uma organização da Agência Ecclesia, Cáritas Portuguesa e Obra Católica Portuguesa de Migrações.
FONTE
a igreja, portanto, igual a si mesma. os mesmos argumentos, de que os imigrantes "resolvem" o problema de rejuvenescimento da população, de que são precisos, de que também sofrem com a crise (os imigrantes primeiro que os nacionais), a multiculturalidade é precisa, etc, etc
é, portanto, disco velho já gasto, mas ainda assim, torna-se necessário "avivar" a memória ou chamar a atenção a alguns distraidos.
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