"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

domingo, 5 de abril de 2015

o bloco, a esquerda e israel

(...) Há uma ampla comunidade de cidadãos de israel e de judeus que recusam a guerra, como há muitos palestinianos que não reconhecem a estratégia de libertação nacional no Hamas ou na OLP. Mesmo que não caibam na contabilidade de Esteves Cardoso.
Não, os judeus não são exterministas. Netanyahu e os seus militares são. (...)

Francisco Louçã



claro. os judeus e israel são bons, mau é apenas o Netanyahu e mais uma minoriazinha de gajos, é isso que queres que a gente acredite. só faltou acrescentar que a culpa é do 'imperialismo americano'. é este o 'anti-sionismo' moderadinho e com pinças da esquerdalha caviar marxista.

ver também: http://hyperborea-land.blogspot.pt/2012/11/anti-sionismo-ou-anti-ocidentalismo.html


esta alucinação de que a esquerda marxista está 'contra os judeus' e 'israel', baseia-se em grande parte no princípio estúpido, imbecil e primário de que israel (ou Tel-Aviv) tem sempre razão, nunca falha, nunca mata e não pode ser criticada. neste caso, nem é critíca nenhuma a israel, mas sim ao líder político.
também a alucinação de que a esquerda marxista está 'a favor do Hamas', dos 'terroristas' (resta saber quem são aqui os verdadeiros terroristas) ou que nunca critica as organizações palestinas é completamente falsa, como se vê pela citação acima de Louçã.
nessa mesma esquerda marxista (ou trotskista, como queiram) continua a haver quem apoie a 'indefesa' israel contra os àrabes, que é o caso do esquerdista caviar Miguel Esteves Cardoso, como se prova pelo seu artigo de opinião 'escolher israel'.
mas, pronto, ele é apenas um gajo isolado dentro da esquerda cáviar. e vá-se lá saber porquê, não é expulso, merece discórdia civilizada do seu camarada Louçã e até é trunfo para as eleições.

porque, segundo muitos, se disseres uma palavra que seja contra o extermínio dos palestinianos, então és anti-israel e quiçá até anti-semita. é esta dicotomia que o coração do sistema criou. ou seja, os partidos democráticos, sobretudo os de centro-direita. (o PS é a favor da Palestina fora do poder mas contra, quando está no poder)
permite críticas light da esquerdalha exótica e marginal que não se identifica com os métodos de barbárie do sionismo militante ou com a guerra de ambos os lados, para dar a ideia de que há 'liberdade de expressão' e depois acusa a esquerda marginal de ser anti-judaica e contra a existência de israel - como forma maníqueista e infantil de legitimar o sionismo - que, obviamente, é uma mentira atroz.
tirando o Hugo Chávez da Venezuela, e talvez os líderes da Coreia do Norte, nunca vi nenhum dirigente político da esquerda marxista dizer-se contra israel. Chávez foi a excepção. Fidel Castro, por exemplo, é pró-existência de israel, embora critique e tenha criticado israel.
até o próprio Trotsky a dada altura da sua vida se tornou não apenas tolerante com a existência de israel, mas também num sionista. portanto não há qualquer 'inovação' destes esquerdistas sionistas, nem dos ex-trotskistas que emigraram para a direita neocon nos anos 50. pelo contrário.

até mesmo em 1969, uma primeira-ministra de israel, a marxista Golda Meir dizia frases como «não existe isso de povo palestiniano». afinal quem não reconhece o direito a existir de quem? a esquerdalha marxista pode ser muito hipócrita e até nacionalista, embora só para alguns. e qual o argumento que essa gentalha usa? o mesmo dos neocons sionistas - que nunca existiu um estado independente chamado Palestina. pois não existiu. mas existiu e existe o povo palestiniano, certamente com tanto ou mais sangue hebreu que esses actuais judeus invasores e cheios de sangue khazar - não estou a falar por falar, foram os resultados de uma pesquisa.

e agora, nos últimos 30 ou 40 anos é que ficaram, na maioria, subitamente muito 'humanistas' e pró-palestinianos, quando mais não fizeram do que roubar essa bandeira ao Nacional-Socialismo para proveito político, metamorfose e controlar/centralizar/apaziguar a oposição islamista (e anti-sionista em geral) já que o plano é encher o Ocidente de imigrantes islâmicos e conseguir o seu voto. contudo sem ir muito longe na crítica a israel.

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