Capitalismo não é uma coisa, mas sim uma relação para com ela. Não são as minas, fábricas, imóveis e terrenos, instalações ferroviárias, dinheiro e acções, as causas da nossa necessidade social, mas sim o abuso destes bens do povo. O capitalismo não é nada mais que a usurpação do capital do povo e, de facto, esta definição não encontra a sua definição na limitação da pura economia. Ela tem a sua validade ampla em todas as áreas da vida pública. Ela representa um princípio. Capitalismo é, sobretudo, o uso abusivo dos bens comuns, e a pessoa, que comete este abuso, é um capitalista."
Uma mina existe para fornecer carvão ao povo, para que ele tenha luz e calor. Fábricas, casas, propriedades e terrenos, dinheiro e acções, existem para estar ao serviço do povo, e não para tornar escravo um povo. A posse destes bens não proporciona somente direitos, mas deveres. Propriedade significa responsabilidade, e não apenas com o seu próprio bolso, mas perante o povo e seu bem-estar. No início, as minas estavam lá para servir à produção, e a produção existe para servir ao povo. Não foi o dinheiro que descobriu as pessoas, mas sim as pessoas que inventaram o dinheiro, e para que ele lhes sirva, não para que as subjugue.
Se eu abuso dos bens económicos para torturar e fazer sofrer o meu povo, então eu não sou digno da posse destes bens. Então eu inverto o sentido da vida no seu oposto, eu sou um capitalista da economia. Se eu promovo abuso de bens culturais, por exemplo, se eu me aproveito da religião para motivos económicos ou políticos, então eu sou um mau administrador do bem a mim confiado, um capitalista cultural. O capitalismo se transforma num instante nas mais intragáveis formas, onde os motivos pessoais, os quais ele serve, se sobrepõem ao interesse de todo o povo. Parte-se então das coisas e não das pessoas. O dinheiro torna-se então o eixo, em torno do qual tudo gira. (...)
Joseph Goebbels, 15 de julho de 1929
ser capitalista ou acumular dinheiro, não é, nunca foi a mesma coisa. só quem comete abusos é que é um capitalista. gostei especialmente da expressão 'capitalista cultural', acho-a particularmente feliz. é um facto que o capitalismo usa alienações como desporto, religião (sobretudo cristã) e outros entretenimentos para as pessoas se esquecerem das suas desgraças ou aceitarem-nas e serem escravas. se o marxismo cultural é uma realidade inegável, também é verdade que há um certo capitalismo cultural.
sábado, 14 de março de 2015
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