"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

domingo, 30 de abril de 2017

Sardinha e a «ciência àrabe»

Fala-se muitas vezes duma ciência e duma filosofia árabe – observa ele; na realidade, durante um século ou dois na Idade Média, os árabes foram os nossos mestres, mas só enquanto não conhecemos os originais gregos. A ciência e a filosofia árabe nunca deixaram de ser uma mesquinha tradução da ciência e da filosofia grega. Desde que a Grécia autêntica despertou, essas míseras traduções ficaram sem sentido e não foi sem razão que os filólogos do Renascimento iniciaram contra elas uma verdadeira cruzada. De resto, olhando de perto, essa ciência não tinha nada de árabe. O seu fundo é puramente grego, e entre os que a criaram não se aponta um único semita. Eram espanhóis e persas, escrevendo o árabe. O papel filosófico dos judeus na Idade Média é também o de simples intérpretes. A filosofia hebraica desta época é a filosofia árabe sem modificações. Uma página de Roger Bacon encerra mais espírito científico do que toda essa ciência em segunda mão, respeitável, sem dúvida, como um anel de tradição, mas despida de grande originalidade. 

– António Sardinha  «Na Feira dos Mitos.»

2 comentários:

Doutor Goy disse...

Sardinha comete um erro de julgamento que se alastra há séculos: a grande maioria dos "supostos" sábios árabes, na realidade nada têm de árabe. São Persas e Berberes, convertidos ao Islão. Logo no início do Islão, a título de exemplo, temos Tabarrani, que leva toda a exegética alcorânica a um patamar jamais alcançado. Este era Persa, logo, da grande família Ariânica. Bagdad era e foi outrora o maior centro cultural que o Islão já teve.

Sempre e sempre, seja onde for, seja qual for o avanço cultural ou científico no apogeu do Islão, á cabeça vamos sempre encontrar um persa ou um berbere.

Todos os grandes centros de cultura e ciência encontravam-se entre as mais de arianos e terras arianas: Andaluzia e Bagdad.

Já está no tempo de acabar com esse mito de "filosofia" árabe ou ciência árabe, mas de maneira correcta e precisa. Não ao estilo impreciso e obscuro do Sardinha e tantos outros por esse mundo fora.

Thor disse...

provavelmente não leste o que ele disse com atenção:

De resto, olhando de perto, essa ciência não tinha nada de árabe. O seu fundo é puramente grego, e entre os que a criaram não se aponta um único semita. Eram espanhóis e persas, escrevendo o árabe.


ler como deve ser, antes de vir mandar bitaites.