Nestes últimos dias, as sucessões têm estado na berra: primeiro foi a do Rei de Espanha, depois a do “rei” do BES e agora discute-se também a eventual sucessão de Paulo Bento nos comandos da Selecção Nacional de futebol.
Como no PNR, por um lado, interessam-nos mais os assuntos internos de Portugal do que os de outros países e, por outro, acreditamos que não é o futebol que resolve os problemas de Portugal, o caso que mais prende a nossa atenção dos três acima enumerados é o do BES.
Para evitar outra desgraça semelhante ao caso BPN, até o Banco de Portugal já teve de intervir. Mas será que, feitas as contas, após toda esta novela sobre quem presidirá aos destinos do BES irá mudar alguma coisa?
No nosso entender, nada mudará: antes pelo contrário, a ilação que podemos tirar deste caso é de que cada vez se avoluma mais a promiscuidade entre políticos, juristas e banqueiros. As posições não se alteram, os testas de ferro serão os mesmos e o BES poderá continuar os negócios chorudos que fez com o Governo PS e que faz com o Governo PSD/CDS.
Esteve iminente mais uma intervenção governamental para salvar este banco, o que prova que os defensores da economia de mercado pura e dura, quando apertados, procuram sempre a ajuda do Estado. Ora isto revela que as liberalíssimas “leis do mercado”, que eles tanto defendem, afinal estão longe de ser perfeitas e inquestionáveis. É por isso que o PNR defende que não deve haver Estado a menos (liberal-capitalismo) nem Estado a mais (socialismo/comunismo) na Economia.
O PNR continua a defender uma nova concepção do papel da banca na sociedade, em que não exista promiscuidade entre esta e o poder político, e em que a função dos bancos na sociedade passe de facto pela contribuição para o desenvolvimento da economia, das empresas e das famílias, terminando-se a agiotagem e castigando-se severamente os prevaricadores.
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