"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

terça-feira, 22 de setembro de 2009

romanização






















este é um mapa que aparentemente destrói por terra a teoria de que a romanização foi igual em toda a ibéria e, já agora, em todo o império romano.
o haplogrupo E3b, neste caso mais concreto, a sub-divisão E3b-V13 ou também E3b1a2,  tem origem balcânica e estendeu-se depois a territórios como a Grécia e peninsula Itálica. 
embora os romanos fossem um grupo algo heterogéneo e não propriamente uma só "tribo genética" este mapa é esclarecedor.
na Ibéria a parte menos romanizada foi, obviamente, o País Basco que ainda hoje conserva a sua lingua étnica pré-romana e pré-ariana, o Euskera
a zona mais intensamente romanizada foi aquela que mais tarde seria conhecida como a provincia Lusitânia e Vetónia cujos limites são evidentes no mapa.
muito tempo antes da conquista do Norte da Ibéria, já os povos do Sul da Lusitânia estavam romanizados e haviam esquecido a sua lingua e costumes, como nos relata Estrabão no seu capitulo dedicado à Ibéria da obra Geografia.  
a Capital da Lusitânia, Emerita Augusta seria uma cidade inteiramente fundada e colonizada por soldados veteranos do exército romano, ou seja, praticamente sem indigenas.  já a Capital da Galécia, Bracara Augusta, foi fundada num local onde existia já um povoado indigena Galaico.
a romanização do Norte foi tardio e muito diferente do Sul.  colonos, soldados e mercadores romanos invadiram e colonizaram praticamente o Sul ibérico, aliviando assim a pressão demográfica dos territórios da Itália.

fica aqui um mapa detalhado com a evolução da conquista do Norte Ibérico:




















o Norte da Ibéria foi pouco ocupado fisicamente por gentes oriundas da Itália.  os nativos foram muito menos romanizados,  embora tenham entrado em contacto com o Latim Vulgar e, nalguns casos, até com o Latim culto, mas preservaram os seus costumes, a sua religião  (o cristianismo só chegaria depois da Queda do Império com Martinho de Dume) e até conservariam as suas habitações, os castros, onde viveram pelo menos até ao século V.
as guarnições existentes no Norte Ibérico não eram constituidas maioritariamente de soldados da Itália, mas sim de várias partes do Império como a Gália, por exemplo.  apenas alguma elite se estabeleceu nestas provincias que eram cobiçadas pela sua riqueza mineira.

os soldados romanos também se estabeleceram na Britânia e durante alguns séculos, embora a influência tenha sido ainda menos importante do que no Norte Ibérico.




























em termos de YDNA, a zona britânica onde houve mais impacto da permanência de soldados romanos foi o País de Gales...o que nem surpreende muito, se tivermos em conta que é uma região com bastante influência e aspecto mediterrânicos.  Obviamente, o Norte da Britânia (Escócia) foi onde menos os romanos se estabeleceram e, por isso, a que menos impacto sofreu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Romanização.