"O que Lénin e Trotsky não atingiram com o fim de conduzir as forças que dormitam no bolchevismo para a vitória final, será obtido através da política mundial da Europa e América." - Rosenberg 1930

sábado, 12 de julho de 2014

democracia não existe


«... Democracia cristã; Democracia orgânica; Democracia positiva; Democracia social; Democracia temperada; Democracia liberal; Democracia isto; Democracia aquilo, Democracia aqueloutro, são máscaras do mesmo erro, pseudónimos do mesmo mal, disfarces do mesmo cancro: a Democracia.»
«... Mas o governo de todos é um mito, porque é o Absurdo. A sociedade é uma realidade; o governo é outra. Não há sociedade sem governo - proclamou-o Augusto Comte. Pode governar um; podem governar alguns; não podem governar todos. A Democracia que é o governo de todos, é conceito essencialmente metafísico, abstracção pura.
A Democracia nunca se realizou. Sociedade que tentasse realizá-la suicidar-se-ia. Sociedade a governar-se a si própria nunca existiu, porque a mesma noção de sociedade implica organização e hierarquia, e portanto governantes que mandam, governados que obedecem. A Democracia é a negação da organização e da hierarquia: todos mandam, todos governam, todos são soberanos. Nunca se viu; nunca se viu; nunca se poderá ver. O mal da Democracia está, antes de mais nada, no mito que a constitui, na mentira que representa, na mistificação idiota que personifica.
As massas que são crédulas, ingénuas ou estúpidas. Os seus exploradores, os que vivem, enriquecem, engordam, trepam e se fazem à custa são os profiteurs da Democracia, tão repelentes e tão sujos, como aqueles cadastrados que vivem à custa das desgraçadas que pertencem a quem as compra.»
«... Se a Democracia, sociedade em que todos governam, não existe, que é que existe com o nome de Democracia? Existe a sociedade em que alguns se governam - mentindo, iludindo, sofismando, arrastando o Povo atrás da sua mentira, levando-o, cego e surdo, atrás de uma ilusão!
As massas não raciocinam: crêem. E quanto mais compactas e mais numerosas são, mais obtusa e irreflectida e infantil é a sua crença.
Não há almas colectivas, não há razões colectivas, não há inteligências colectivas. As massas têm instintos, não têm Razão; têm reflexos, não têm discernimento. Porque as seduz à Democracia? Porque as encanta o Comunismo? Precisamente, porque são bárbaros e absurdos.
Mas essas Democracias que por aí passeiam a sua vida, que são afinal? São burlas escandalosas e é a sua qualidade de burlas que devem o poder viver.
São sociedades de negócios, materialistas, e jogadoras da vermelhinha - em que, repito, alguns se governam... São aristocracias de videirinhos. Eles sabem, como todos nós sabemos, que a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade são entre os homens, mistificações, nuns, superstições, noutros. E gritam, e trombeteiam às massas, nos comícios e nos Parlamentos, nas campanhas eleitorais e nas alfurjas, nas gazetas e nos conclaves internacionais: Liberdade! Igualdade! Fraternidade!
»

Alfredo Pimenta in Contra a Democracia, Amigos do Agora!, 1949



ora aqui está um autor que reproduz o que eu também penso sobre o assunto. democracia entendida no seu sentido literal não existe. nunca existiu, nunca existirá. e não podendo existir, o que existe é uma ditadura de poucos. só que esses poucos que mandam, em vez de serem a nata da sociedade, são a ralé e a escória a soldo do grande dinheiro internacional, precisamente porque a "democracia" permitiu que eles fossem seleccionados.
ora, se ninguém sabe como é que esse poder foi "seleccionado" ANTES mesmo de se submeter a votos, como é que a democracia pode ter sequer a tal "legitimidade democrática"?
ou a democracia antes de se fixar, foi escolhida e sufragada? e os dirigentes dos partidos foram escolhidos pelas populações?
mas o mais importante disto tudo é que as massas não pensam nem têm "vontade". os indíviduos pensam (uns mais, outros menos), mas as massas abstractas e colectivas, não.  as massas não têm vontades. a "vontade" é expressa na tiraria dos números. é uma "vontade" puramente matemática e irracional.

alguns dirão que a democracia tem muitas falhas, mas que a solução é "mais democracia" e "quanto mais, melhor". será?
mas em que é que consiste "mais democracia"? saberão explicar? é quantidade? número de partidos? abundância de partidos de determinada ideologia X?
ok, vamos imaginar 40 partidos em Portugal, 20 deles (metade) com representação no parlamento.
mais caótico, anárquico e ingovernável que isto deve ser difícil imaginar.  não é por acaso que na desastrosa républica Weimar alemã, chegaram a existir 30 partidos!
agora vamos imaginar que há uma eleição e que os 20 partidos da AR têm sensivelmente todos a mesma votação, ou seja 5%, com variações mínimas entre eles (5,1%, 4,9%, etc), ora o partido vencedor terá no máximo uns 5,1% ou 5,2%. e mesmo assim, a propaganda dirá que "o povo" (noção sempre abstracta) decidiu por esse partido, apesar de quase 95% desse mesmo "povo", não o ter escolhido.
claro que isto é um exemplo extremo, mas é só ir ver casos de partidos que governaram contra 70%,75% e até mais % do "povo" e aqui já nem sequer estou a incluir as abstenções.  estou apenas a falar do universo de votantes.  portanto, falar de "povo" e "vontade popular" é absurdo, relativo e abstracto.
o exemplo extremo que eu dei, derivou precisamente da existência de "mais democracia".
porque a democracia é uma falácia épica.
se por outro lado, "mais democracia" significa simplesmente mais e mais poder nas mãos do "povo", mais decisão e poder ilimitado nas mãos do "povo", independentemente de partidos, então isso, além de idiota é suicidário. porque quanto mais poder tiver o povo, mais anárquica, selvagem e ingovernável será a sociedade. nada impede que "o povo", com o poder todo nas mãos, queira arbitrariamente e democraticamente (ou matematicamente por "maioria"), matar ou prender estes e aqueles, apenas "porque sim". foi o que fizeram com Sócrates na Grécia antiga. morto por delito de opinião e por decisão democrática. poder no povo.
a democracia pura não existe, ou se existe, é igual a uma selva, pois as "massas" são irracionais, mesmo que uma boa parte dos indíviduos isolados não o sejam.
a falácia da democracia é a mesma do marxismo, a falácia anti-natural está em tornar pesado e complicado aquilo que deve ser leve e simples. está em levar toda a gente a intervir no processo de decisão, só porque toda a gente faz parte do estado (e ainda lhes dar um estatuto igual), quando é muito mais lógico, natural, simples e leve que apenas um grupo de pessoas qualificado seja apto a intervir no processo de decisão.
na democracia parlamentar esse poder é transferido para os "representantes", deixando de ser uma selva arbitrária e sanguinária para passar a ser uma selva tirânica e corrupta.

1 comentário:

Anónimo disse...

"«... Democracia cristã; Democracia orgânica; Democracia positiva; Democracia social; Democracia temperada; Democracia liberal; Democracia isto; Democracia aquilo, Democracia aqueloutro, são máscaras do mesmo erro, pseudónimos do mesmo mal, disfarces do mesmo cancro: a Democracia.»"

Ora nem mais.
A democracia é um cancro que dá cabo do corpo(Nação).

"As massas que são crédulas, ingénuas ou estúpidas. Os seus exploradores, os que vivem, enriquecem, engordam, trepam e se fazem à custa são os profiteurs da Democracia, tão repelentes e tão sujos, como aqueles cadastrados que vivem à custa das desgraçadas que pertencem a quem as compra.»"

Ora nem mais.
Para melhor ver a quem serve a democracia, é ver quem a defende.
Pedófilos,traidores,corruptos,narcotraficantes de drogas pesadas,especuladores,proxenetas,e restante escumalha, todos defendem a democracia como forma de regime ao mesmo tempo que diabolizam a figura do estadista.
Por algum motivo é, e esse motivo, é óbvio não é verdade?

"Não há almas colectivas, não há razões colectivas, não há inteligências colectivas. As massas têm instintos, não têm Razão; têm reflexos, não têm discernimento."

Claro.Se um milhão de pessoas disserem uma coisa estúpida, continua a ser uma coisa estúpida.

A democracia é nada mais nada menos do que a quantidade a prevalecer sobre a qualidade,e esta última por senso comum, NUNCA se encontra nas maiorias...

"mas em que é que consiste "mais democracia"? saberão explicar? é quantidade? número de partidos? abundância de partidos de determinada ideologia X?"

Ó Thor,o que eles querem dizer com "mais democracia", é mais divisão nacional, pois um povo democraticamente dividido entre si, é mais fácil de ser dominado, explorado, e mais tarde mesmo extinguido(ver exemplo de Portugal).